quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Transformações econômicas e sociais: Republica velha

Izabel ribas de Mello


Nivia Cordova


Durante o reinado de D. Pedro II ocorreram mudanças que afetaram tanto a situação econômica como social brasileira: ferrovia, barco a vapor, modernização na produção de café e açúcar, aumento no organismo de créditos, surgimento da industrialização, o trabalho escravo foi substituído pelo trabalho livre dos imigrantes.


Com esta crescente imigração de mão-de-obra para trabalhar nas fábricas ocorreu o crescimento urbana. Isto fez com surgisse novos grupos como os que eram ligados à industrialização, os pequenos e médios burgueses, dando assim a população urbana.

Tanto as camadas urbanas as rurais também se favoreceram destas mudanças, onde alguns menos favorecidos enriqueceram comprando terras tornando-se fazendeiros e até senhores de escravos. Os grupos tradicionais também foram afetados, enquanto alguns conseguiram modernizarem-se outros não.

Os que não conseguiam modernizar-se mantinham a mão-de-obra escrava não podendo pagar a mão-de-obra livre, isto fez com que surgisse um descontentamento dentro destes grupos tradicionais que foram suporte para a Monarquia fez com que se as bases do trono ficassem abaladas.

Esta nova situação econômica gerou conflitos onde os meios industriais desejavam uma política protecionista, os fazendeiros do Oeste paulista queriam liberação da imigração de mão-de-obra livre, os senhores de engenho por possuírem grande número de escravos eram contra preferindo a criação de núcleos coloniais, os grupos urbanos apoiavam a abolição desejando a eleição direta.

Neste meio de conflitos surgiu separatista que me sua grande maioria desejavam a República com solução para todos os problemas. Eles almejavam o reconhecimento por parte do poder central, a justa distribuição da renda arrecadada da província. Depois de um tempo com o enorme descontentamento os paulistas se sentindo prejudicados em seus interesses acabaram simpatizando com a idéia de federação, falando até mesmo em separação, considerando a República com a solução para os problemas.

Através de manifestações como a literatura, política, panfletos pregando o separatismo, o momento era propicio para as idéias separatistas que se chegou até alguns paulistas pensarem da idéia de que seria melhor a Província se separar do Império, mas como nem todos pensavam da mesma forma acabou por prevalecer a opinião federativa.

O Partido Republicano era contra a centralização imperial, tinha como principio o liberalismo clássico como representação política, direitos e liberdades individuais, o Partido Republicano do Rio de Janeiro era constituído por intelectuais e profissionais liberais. Já o Partido Republicano de São Paulo refletia os interesses dos setores cafeeiros paulistas buscavam a autonomia provincial (federalismo), a princípio não possuíam uma clara posição em relação à escravidão, eles articularam um partido com forte estrutura organizacional, com extensão com vários municípios do interior paulista.
Enquanto São Paulo os fazendeiros formavam o núcleo mais importante do Partido Republicano, o Rio de Janeiro eram representado nas camadas urbanas, nos últimos anos do Império já era grande o número de simpatizantes das idéias republicanas, mesmo não estando filiados à partidos. O crescimento das idéias republicanas acabou por gerar o Golpe militar que derrubou a Monarquia.


Com todo este descontentamento começou a se pensar na idéia de usar o exército para tomar controle derrubando o regime e instalar a República. A primeira tentativa frustrada foi em 1887, à segunda foi em 1888, mas, não houve entusiasmo por parte dos principais republicanos que hesitavam com a idéia de um golpe militar.

Os militares imbuídos de um ideal positivista pregado nas escolas militares sentiam-se preparados para uma missão salvadora, ansiosos para lutar pelos ideais de seu País. Acreditava-se neste meio que somente os militares seriam capazes disto já que os civis eram todos corruptos.

Com a dissolução da Câmera a situação acabou se agravando ainda mais, os militares ficaram não se agradaram de algumas decisões tomadas, e boatos de que seriam tomadas medidas severas contra os militares foram usadas pelos republicanos para instigar o golpe militar.

Assim o Governo provisório entra em choque com a Assembléia Legislativa, Deodoro que quer mais poder fecha o congresso em uma tentativa de golpe. Em 15 de novembro de 1889 a Monarquia era derrubada por um golpe militar se proclamando assim a República.


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

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